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O Histórico do Ensino à Distância no Brasil


Foi no começo do século XVIII que ouviram falar pela primeira vez no ensino à distância. Em Boston, nos Estados Unidos, o professor Cauleb Philips surpreendeu a todos com um anúncio no jornal Gazeta de Boston no ano de 1728, convocando as pessoas a fazerem um curso de taquigrafia à distância. Mais de 100 anos depois, em 1833, foi a vez da Suécia de divulgar um curso por correspondência, logo em seguida em 1840, foi a Inglaterra. Em 1856 a Alemanha foi mais longe e criou uma escola de ensino a distância, para o aprendizado de idiomas. No século XIX esses cursos a distância foram ficando cada vez mais comuns. Nos Estados Unidos foi criada uma escola de curso a distância sobre segurança do trabalho e mineração. Os países Europeus foram os responsáveis por consolidarem o EAD no mundo.

Só em 1904 no Brasil ouviu falar pela primeira vez em Ensino à Distância, era um curso de datilografia feito pelo Jornal do Brasil. Apesar do EAD ser uma forma de ensino bem antiga, foi só nos anos 80 que o curso de Ensino a Distância tornou-se popular. O EAD possibilita que as pessoas que não tenham condições financeiras (Já que os cursos presenciais são bem mais caros) ou tempo para se deslocarem até um ambiente escolar, possam fazer um curso de formação sem que saiam de casa. Mas os desafios do EAD são muito maiores do que se imagina. Para que se tenha um curso de qualidade, precisa de: Tecnologias digitais acessíveis aos alunos, professores capacitados para o uso dessa ferramenta, um feedback (retorno em inglês) dos professores para os alunos e alunos para professores.

Apesar da internet ser mais acessível nos dias de hoje, foi no início dos anos 90, que o estado propôs o uso de tecnologias digitais nos currículos escolares. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN – Lei Nº 9.394/96) o uso de mídias começa já no Ensino Fundamental, com crianças de 6 anos até adolescentes de 14 anos. Para o Ensino Médio, a proposta é, como citada no artigo 35, inciso IV que sejam “científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina”. Ou seja, que o uso dessas tecnologias durante os 3 anos do Ensino Médio, sejam voltados para o processo de aprendizado efetivo envolvendo a prática com a disciplina.

Nos anos 70 e 80, o aprendizado era feito por modo exaustivo de repetição de palavras, excluindo a comunicação. Essa forma de ensino primária, era feita através de laboratórios de áudios. A repetição de palavras e estruturas gramaticais com um enfoque Behaviorista, que faz uso de estímulos repetitivos. Essa plataforma era sempre de forma síncrona, não permitindo que o aluno tivesse uma continuação em casa.

Texto de: Giulia Vanessa Rodrigues da Luz - Ano: 2017

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