As crianças do período moderno não expressam
publicamente seus sentimentos, aflições e desejos por meio do mundo real, com
isso, isolam-se dentro de seus domicílios, já que, a tecnologia satisfaz suas
necessidades. A tecnologia acaba substituindo silenciosamente os
hábitos tradicionais que envolvem a interação física com as pessoas e o meio ambiente
(PAIVA; COSTA, 2015).
A
utilização da tecnologia
de forma indiscriminada pelas
crianças, provocam o
desequilíbrio físico e
psicológico, com isso,
potencializa o isolamento
social através do sedentarismo, característica essa
que é predominante
na adesão a
plataforma virtual, nesse sentido, esse fenômeno causa o
embotamento afetivo, despersonalização, ansiedade e depressão, impedindo o pleno
desenvolvimento e amadurecimento afetivo,
físico, cognitivo e social
das crianças. Machado (2011, p.13) diz que:
O nível de atividade física nas crianças tem demonstrado que a
tecnologia tem ganhado espaço no mundo das crianças e vem diminuindo a atividade
física na infância. As crianças estão se tornando cada vez mais sedentárias por
hábitos como assistir televisão, jogar vídeo game, usar computador.
Para que a criança tenha uma vida saudável com o
uso das novas tecnologias, é preciso que os pais saibam dosar a quantidade de
tempo que a criança possa usar o seu tablet, smartphone, televisão, vídeo games
e outros. Paiva e Costa (2015) alertam:
Conforme os resultados obtidos, sugere-se que os dispositivos
eletrônicos necessitam ser utilizados conforme as regras e os horários
estabelecidos pelo arranjo consensual entre as crianças e os pais, pois, a
ansiedade e agressividade são geradas pela falta de limites na utilização dos
aparelhos eletrônicos que comprometem o desempenho escolar, desestrutura os
relacionamentos interpessoais e debilita principalmente a saúde física e
psicológica da criança ao longo do seu desenvolvimento.
Em pleno século XXI onde a tecnologia está cada dia
mais avançada, as pessoas adquirem doenças e problemas psicológicos
frequentemente. A tecnologia com os processos de automação leva as pessoas a
assumirem uma vida sedentária, já que, a comodidade, rapidez e flexibilidade na
aquisição de informação diminuem o esforço das pessoas em buscar fontes
alternativas de lazer, trabalho e estudo (MATOSO, 2010).
Para que as crianças possam ter sua saúde mental e
física sem deixar de usar as tecnologias, é preciso que os pais ou responsáveis
fiquem atentos e incentivem brincadeiras mais lúdicas e sem o uso de
“brinquedos tecnológicos”, ao invés deixar a criança por muito tempo em contato
com esse meio tecnológico que pode ser prejudicial para um futuro aprendizado
da criança.