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História da Educação: A educação no contexto burguês


A educação foi se transformando nos moldes burgueses. Já que as escolas monásticas não estavam mais dando conta da formação educacional das pessoas. E foi com o renascimento que houve uma grande mudança cultural, científico, artístico e educacional. Na idade média o homem é apenas um pecador, e sua redenção vem através do seu sofrimento. Já no renascentismo, o homem é a criação perfeita de Deus, e por esse motivo ele (homem) poderia realizar grandes feitos.
Os intelectuais renascentistas (humanistas), estudavam idiomas clássicos como o latim e grego, além da Ciência, Literatura, Filosofia e da Arte. O objetivo era buscar uma maior compreensão do que é o ser humano, o homem.

Com o surgimento da educação renascentista, aconteceu um progresso científico e cultural, no qual a arte se tornou mais refinada, através do imaginário da mente humana. Mas se de um lado, o renascentismo trouxe uma liberdade aos homens, de outro, não teve nenhum progresso quanto a educação para as classes mais baixas. A educação popular continuou a mercê dos interesses burgueses.

Lutero lutou para haver uma divisão educacional, no qual todas as pessoas pudessem ler e ter entendimento do que é a bíblia. Foi assim então que começou a reforma protestante, com a divisão de duas igrejas na Europa: a católica e a protestante. A educação reformada por Lutero em 1575 também não rompeu com a divisão de classes. Para os pobres, foi criada uma escola primária, em que eles aprendiam o básico de leitura, escrita e cálculos.

A igreja católica difundiu o pensamento humanista e o avanço da reforma protestante e ‘lançou’ o movimento de Contra Reforma, que se tornou um opressor de pensamentos contrários a igreja. Foi assim que surgiu o período da Inquisição, em que pessoas pagãs (pessoas não batizadas) ou que desafiassem a igreja católica eram queimadas em praça pública.

Uma das grandes criações da Igreja católica no tempo da Inquisição foi a Companhia de Jesus, que foi criada para a catequização e recatequização das pessoas sem o uso autoritário de poder. Os colégios se dividiam em dois níveis: O primeiro era destinado aos jovens, eles passavam de 5 a 6 anos estudando. O segundo era universitário, com estudos teológicos, voltados para a formação de padres que futuramente se tornariam professores. A metodologia de ensino Jesuítica se baseava nas escolas humanísticas, com explicação, repetição e composição. A competição era um importante fator do modelo de educação, já que dentro da sala de aula, essas competições estimulavam bons debates.

Texto de: Giulia Vanessa Rodrigues da Luz - ano: 2017



Referências Bibliográficas
ROCHA, Antônia Rozimar Machado. História da Educação. 1° ed. Fortaleza, CE: 2010.
DURKHEIM, É. Educação e Sociologia. 11° ed. São Paulo, SP: 1978.
MARX, K.; ENGELS, F. Engels. Capital, v. 21, n. 3, 1997.

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